Por que não legalizar a maconha?
A legalização do tabaco ocorreu em uma época histórica em que a indústria e seus pesquisadores conheciam muito melhor o potencial aditivo dessa substância se comparados aos médicos. Documentos internos da indústria demonstram que a quantidade de tabaco em um cigarro e em uma carteira de cigarro foram cuidadosamente calculados para causar dependência. Na época, seus executivos promoviam propaganda apenas para adolescentes, pois sabiam não serem necessárias propagandas para adultos e idosos, pois estes não teriam mais o direito de decisão sobre consumir ou não o tabaco, a partir do momento em que este fosse usado na juventude. Hoje, dados internacionais apontam que a mesma indústria pretende comercializar a cannabis, se utilizando de seu potencial aditivo biológico e, principalmente, psicológico. Devido a síndrome amotivacional, o usuário de maconha tem uma leve desconexão com a realidade, e passa a considerar a maconha como um remédio para os problemas da vida e uma maneira de viver com prazer e menos ansiedade. Daí, inicia-se um fenômeno único, não comum a outros tipos de drogas. O usuário passa a viver como numa religião, onde vale tudo para defender a maconha, como se a maconha fosse um dom de Deus, um remédio, algo que os seres humanos menos inteligentes ainda não descobriram, a solução dos males da modernidade. Os usuários de outras drogas comumente se arrependem de um dia terem experimentado cocaína, crack, ecstasy ou outros. O usuário de maconha não.
Enquanto esse fenômeno quase delirante ocorre no emocional do usuário de maconha, temos em termos clínicos, um paciente que deixa de buscar os seus sonhos, se isola socialmente, deixa de ter novas motivações e novos objetivos de vida. As obrigações cotidianas deixam de ser cumpridas e a função executiva cai dramaticamente. Além disso, se expõe a doenças graves como câncer de pulmão, boca, língua, vias respiratórias e todos os outros comuns a inalação de fumaça, seja de maconha ou tabaco. Uma parcela desses usuários desenvolverá episódios psicóticos (delírios e alucinações) e uma parcela desenvolverá esquizofrenia. Em qualquer dos casos de morbidade envolvendo a maconha, pelo menos 4 pessoas da família do usuário sofrerão, frequentemente desenvolvendo quadros de ansiedade e depressão. O ato de utilizar uma droga não é um ato autônomo ou um direito individual. É um ato que leva a sofrimento familiar e comunitário.
Nosso precário sistema de saúde não consegue promover prevenção adequada e muito menos tratamento adequado aos usuários. Nossos adolescentes estão falsamente sendo doutrinados que a maconha é um remédio que os políticos teimosamente não liberam para consumo geral. Nem sonham eles que nos locais onde a maconha é totalmente ou parcialmente liberada esse fato aconteceu devido a uma política de redução de danos que admite ter perdido a luta contra as drogas.Jamais um país dirá que a maconha não leva a problemas médicos clínicos ou psiquiátricos ou que é inofensiva.
Nesse clima de glamourização da maconha, com marcha pela maconha em Curitiba, cabe a nós (médicos e pais) evitarmos que nossas crianças venham a diminuir seu QI por uso precoce, ou se colocar em risco de episódios psicóticos ,doenças clínicas e síndrome amotivacional.
Abraço a todos
Ricardo Assme
Psiquiatra CRM 19989
Diretor secretário associação paranaense de Psiquiatria.
Enquanto esse fenômeno quase delirante ocorre no emocional do usuário de maconha, temos em termos clínicos, um paciente que deixa de buscar os seus sonhos, se isola socialmente, deixa de ter novas motivações e novos objetivos de vida. As obrigações cotidianas deixam de ser cumpridas e a função executiva cai dramaticamente. Além disso, se expõe a doenças graves como câncer de pulmão, boca, língua, vias respiratórias e todos os outros comuns a inalação de fumaça, seja de maconha ou tabaco. Uma parcela desses usuários desenvolverá episódios psicóticos (delírios e alucinações) e uma parcela desenvolverá esquizofrenia. Em qualquer dos casos de morbidade envolvendo a maconha, pelo menos 4 pessoas da família do usuário sofrerão, frequentemente desenvolvendo quadros de ansiedade e depressão. O ato de utilizar uma droga não é um ato autônomo ou um direito individual. É um ato que leva a sofrimento familiar e comunitário.
Nosso precário sistema de saúde não consegue promover prevenção adequada e muito menos tratamento adequado aos usuários. Nossos adolescentes estão falsamente sendo doutrinados que a maconha é um remédio que os políticos teimosamente não liberam para consumo geral. Nem sonham eles que nos locais onde a maconha é totalmente ou parcialmente liberada esse fato aconteceu devido a uma política de redução de danos que admite ter perdido a luta contra as drogas.Jamais um país dirá que a maconha não leva a problemas médicos clínicos ou psiquiátricos ou que é inofensiva.
Nesse clima de glamourização da maconha, com marcha pela maconha em Curitiba, cabe a nós (médicos e pais) evitarmos que nossas crianças venham a diminuir seu QI por uso precoce, ou se colocar em risco de episódios psicóticos ,doenças clínicas e síndrome amotivacional.
Abraço a todos
Ricardo Assme
Psiquiatra CRM 19989
Diretor secretário associação paranaense de Psiquiatria.