Transtornos do Humor - Depressão
DEPRESSÃO
A depressão tem prevalência aproximada de 11 a 14%. Acomete duas vezes mais mulheres do que homens e em 2020 será a principal causa de morbidade no mundo, segundo a organização mundial de saúde.
O quadro clássico é caracterizado por sensação de pouca energia, pouca motivação, dificuldade em sentir prazer, tristeza, dificuldade de concentração e , na maior parte das vezes, ansiedade .
São comuns ainda perda ou aumento de apetite , perda ou aumento do sono e perda de libido, entre outros sintomas.
Muitos pacientes questionam a origem da depressão. Na prática clínica observamos que o stress é muito correlacionado a origem desse quadro. Da mesma maneira, os modelos de depressão em animais são provocados por stress, mas nesse caso obviamente stress físico (choque nas patas, nado forçado) e não o emocional como vivenciamos nós humanos. Outros fatores também tem impacto, como por exemplo a susceptibilidade individual ligada a fatores genéticos.
Em alguns grupos culturais ou sociais se observa uma estigmatização do quadro depressivo. Muitas vezes a depressão é considerada uma fraqueza, dificultando que o indivíduo procure ajuda. Alguns pacientes inclusive se culpam pela existência do quadro depressivo como se a gênese do mesmo fosse embasada em alguma dificuldade comportamental, moral ou até espiritual.
A evidente e rápida melhora dos quadros depressivos quando tratados com antidepressivos constitui a prova de que a depressão é uma doença com fortíssimo correlato biológico. Desde os primórdios da psicofarmacologia, na década de 50, sabemos que os antidepressivos atuam disponibilizando mais neurotransmissores na fenda sináptica, ou seja , no espaço entre os neurônios. Essa potencialização na neurotransmissão leva a uma cascata de outros fatores que acabam por fim regulando vários aspectos emocionais e até autonômicos característicos da depressão.
Importante salientar que o tratamento da depressão tem duração relativamente longa (com tempo mínimo de nove meses) e que existem fatores cognitivos que predispõe a cronicidade do quadro, ou seja , algumas formas de pensar favorecem um prognóstico ruim ou a própria cronicidade da doença. Por isso a necessidade de uma psicoterapia cognitiva associada a medicação em muitos casos. Mesmo resolvendo os sintomas depressivos, a tendência da medicação é atuar muito fracamente sobre a cognição. Pensamentos automáticos referentes por exemplo a baixa auto-estima, problemas familiares, crenças de baixa performance, etc não serão resolvidos pela medicação. Seria o equivalente a pensar que um indivíduo pudesse mudar sua posição política ou o time para o qual torce devido a interferência farmacológica. As sessões com psicólogo devem cumprir o papel de tornar saudáveis pensamentos doentios ou disfuncionais.
Outro aspecto importante a ser lembrado é que o correto manejo farmacológico e psicoterápico da depressão levará a melhora dos sintomas e a retirada da medicação, ou seja, o principal promotor de sucesso é o tratamento precoce e correto. Infelizmente algumas pessoas pensam de maneira contrária: não desejam iniciar um tratamento com medo de não conseguirem abandonar a medicação posteriormente.Como sabemos, antidepressivos são drogas de receituário branco sem potencial de produzirem dependência (adição). A situação de necessidade de uso crônico de medicação acontece muitas vezes devido a demora na procura de ajuda e a consequente piora do quadro pela história natural da doença.
Por fim, os fatores auxiliadores no tratamento da depressão são os mesmos que evitam seu surgimento: controle do stress, folga aos fins de semana, férias, alimentação adequada preferencialmente dieta mediterrânea, psicoterapia, meditação, religiosidade e exercícios físicos.
Abraço.
A depressão tem prevalência aproximada de 11 a 14%. Acomete duas vezes mais mulheres do que homens e em 2020 será a principal causa de morbidade no mundo, segundo a organização mundial de saúde.
O quadro clássico é caracterizado por sensação de pouca energia, pouca motivação, dificuldade em sentir prazer, tristeza, dificuldade de concentração e , na maior parte das vezes, ansiedade .
São comuns ainda perda ou aumento de apetite , perda ou aumento do sono e perda de libido, entre outros sintomas.
Muitos pacientes questionam a origem da depressão. Na prática clínica observamos que o stress é muito correlacionado a origem desse quadro. Da mesma maneira, os modelos de depressão em animais são provocados por stress, mas nesse caso obviamente stress físico (choque nas patas, nado forçado) e não o emocional como vivenciamos nós humanos. Outros fatores também tem impacto, como por exemplo a susceptibilidade individual ligada a fatores genéticos.
Em alguns grupos culturais ou sociais se observa uma estigmatização do quadro depressivo. Muitas vezes a depressão é considerada uma fraqueza, dificultando que o indivíduo procure ajuda. Alguns pacientes inclusive se culpam pela existência do quadro depressivo como se a gênese do mesmo fosse embasada em alguma dificuldade comportamental, moral ou até espiritual.
A evidente e rápida melhora dos quadros depressivos quando tratados com antidepressivos constitui a prova de que a depressão é uma doença com fortíssimo correlato biológico. Desde os primórdios da psicofarmacologia, na década de 50, sabemos que os antidepressivos atuam disponibilizando mais neurotransmissores na fenda sináptica, ou seja , no espaço entre os neurônios. Essa potencialização na neurotransmissão leva a uma cascata de outros fatores que acabam por fim regulando vários aspectos emocionais e até autonômicos característicos da depressão.
Importante salientar que o tratamento da depressão tem duração relativamente longa (com tempo mínimo de nove meses) e que existem fatores cognitivos que predispõe a cronicidade do quadro, ou seja , algumas formas de pensar favorecem um prognóstico ruim ou a própria cronicidade da doença. Por isso a necessidade de uma psicoterapia cognitiva associada a medicação em muitos casos. Mesmo resolvendo os sintomas depressivos, a tendência da medicação é atuar muito fracamente sobre a cognição. Pensamentos automáticos referentes por exemplo a baixa auto-estima, problemas familiares, crenças de baixa performance, etc não serão resolvidos pela medicação. Seria o equivalente a pensar que um indivíduo pudesse mudar sua posição política ou o time para o qual torce devido a interferência farmacológica. As sessões com psicólogo devem cumprir o papel de tornar saudáveis pensamentos doentios ou disfuncionais.
Outro aspecto importante a ser lembrado é que o correto manejo farmacológico e psicoterápico da depressão levará a melhora dos sintomas e a retirada da medicação, ou seja, o principal promotor de sucesso é o tratamento precoce e correto. Infelizmente algumas pessoas pensam de maneira contrária: não desejam iniciar um tratamento com medo de não conseguirem abandonar a medicação posteriormente.Como sabemos, antidepressivos são drogas de receituário branco sem potencial de produzirem dependência (adição). A situação de necessidade de uso crônico de medicação acontece muitas vezes devido a demora na procura de ajuda e a consequente piora do quadro pela história natural da doença.
Por fim, os fatores auxiliadores no tratamento da depressão são os mesmos que evitam seu surgimento: controle do stress, folga aos fins de semana, férias, alimentação adequada preferencialmente dieta mediterrânea, psicoterapia, meditação, religiosidade e exercícios físicos.
Abraço.