Entenda um pouco sobre a fissura
ENTENDA UM POUCO SOBRE A FISSURA
Os usuários de droga costumam sentir intenso desejo por uso de drogas. A isso chamamos fissura. É um dos poucos termos médicos usados de maneira corriqueira e adequada também pelos pacientes.
Existem tipos diferentes de fissura:
A fissura com um correlato biológico mais prevalente costuma acontecer nos primeiros dias de abstinência de droga mesmo em ambientes sem estímulos, como em uma unidade de internamento integral, por exemplo. É uma expressão da desregulação dopaminérgica no circuito de recompensa cerebral.Essa fissura costuma ser intensa, as vezes com sintomas autonômicos (ex: dor abdominal e diarréia na fissura por crack) e costuma ser passageira . Tem duração de minutos.
A fissura desencadeada por estímulos ambientais costuma ser um pouco diferente. Ela tem ligações com memórias e emoções. É desencadeada quando o paciente vê um amigo usuário ou um local
conhecido, ou tem lembrança de qualquer "pista" da droga. Ela pode ser mais ou menos duradoura conforme descreverei a seguir.
E como o indivíduo pode lidar com a fissura?
O principal mecanismo é fugir da ambivalência. O desejo por drogas faz com que o indivíduo comece a arquitetar estratégias para uso de droga sem consequências maiores (ex. "se eu usar só um pouquinho ninguém vai perceber e acabarei com a vontade...")Se nesse momento o paciente se defende contra esse pensamento afirmando que não usará sob hipótese nenhuma há uma diminuição rápida da fissura.Se, ao contrário, o indivíduo permanecer ambivalente ou em dúvida quanto ao uso, a fissura pode se estender por dias.
A medicação para fissura tem duplo papel. O farmacológico ou sedativo e o papel de determinar que não será usada a droga pois houve opção pela medicação, agindo assim contra a ambivalência e fortificando a motivação pela abstinência.
Os usuários de droga costumam sentir intenso desejo por uso de drogas. A isso chamamos fissura. É um dos poucos termos médicos usados de maneira corriqueira e adequada também pelos pacientes.
Existem tipos diferentes de fissura:
A fissura com um correlato biológico mais prevalente costuma acontecer nos primeiros dias de abstinência de droga mesmo em ambientes sem estímulos, como em uma unidade de internamento integral, por exemplo. É uma expressão da desregulação dopaminérgica no circuito de recompensa cerebral.Essa fissura costuma ser intensa, as vezes com sintomas autonômicos (ex: dor abdominal e diarréia na fissura por crack) e costuma ser passageira . Tem duração de minutos.
A fissura desencadeada por estímulos ambientais costuma ser um pouco diferente. Ela tem ligações com memórias e emoções. É desencadeada quando o paciente vê um amigo usuário ou um local
conhecido, ou tem lembrança de qualquer "pista" da droga. Ela pode ser mais ou menos duradoura conforme descreverei a seguir.
E como o indivíduo pode lidar com a fissura?
O principal mecanismo é fugir da ambivalência. O desejo por drogas faz com que o indivíduo comece a arquitetar estratégias para uso de droga sem consequências maiores (ex. "se eu usar só um pouquinho ninguém vai perceber e acabarei com a vontade...")Se nesse momento o paciente se defende contra esse pensamento afirmando que não usará sob hipótese nenhuma há uma diminuição rápida da fissura.Se, ao contrário, o indivíduo permanecer ambivalente ou em dúvida quanto ao uso, a fissura pode se estender por dias.
A medicação para fissura tem duplo papel. O farmacológico ou sedativo e o papel de determinar que não será usada a droga pois houve opção pela medicação, agindo assim contra a ambivalência e fortificando a motivação pela abstinência.